Na manhã desta segunda-feira (5), a Polícia Civil do Estado de São Paulo, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Grupo de Operações Especiais (GOE) e Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Limeira, deflagrou a Operação HITMAN para o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária contra integrantes de uma organização criminosa com atuação em diversas cidades paulistas e no Rio Grande do Sul.
A ação contou com apoio operacional do GER e GARRA/DOPE, delegacias de polícia de Pirassununga, Conchal, Araras e Gramado/RS, Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, Polícia Federal, além da mobilização de cerca de 80 policiais em 25 viaturas.
Ao todo, nove pessoas foram presas por mandado de prisão — entre elas, um policial militar, um guarda civil municipal e sete civis. Um dos alvos estava foragido. Além disso, outras três pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.
Durante o cumprimento dos mandados, diversos objetos, armas e entorpecentes foram apreendidos, e seguem sendo contabilizados pelas equipes de investigação.
As diligências se baseiam em uma investigação iniciada pela DIG e DISE de Limeira, que apura a atuação de uma célula criminosa composta por agentes públicos e civis ligados ao Comando Vermelho, com foco em práticas como homicídios encomendados, tráfico de armas e drogas, roubos, adulteração de veículos, e atos de corrupção ativa e iva. A organização estaria atuando para minar a influência do Primeiro Comando da Capital (PCC) em áreas estratégicas para o tráfico, especialmente no interior paulista, onde se estabelece a chamada “Rota Caipira” — usada para o armazenamento e deslocamento de armas e drogas.
As investigações revelam que os criminosos planejavam e executavam ataques contra membros do PCC, com emboscadas e uso de armamento de alto poder destrutivo, frequentemente utilizando veículos clonados e equipamentos táticos. Um dos episódios que impulsionou a operação foi o roubo de um arsenal em Araras, que culminou no cumprimento de mandado de busca e apreensão contra um ex-policial militar. No local, foram encontrados dois veículos dublês, armamento não registrado, coletes balísticos ilegais, luvas e outros materiais usados em execuções.
Um dos principais alvos da operação foi preso em um hotel na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, com apoio da Polícia Civil local. Ele foi encaminhado ao presídio de Canela/RS, onde ará por audiência de custódia. Os demais presos foram detidos em Araras e Leme, sendo levados à sede da DIG de Limeira para formalização das capturas, e posteriormente transferidos para a Cadeia Pública de Limeira.
As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e aprofundar o entendimento das ações praticadas pela organização, que pode ter ramificações em diferentes estados do país. Segundo a Polícia Civil, esta operação representa apenas o início de uma série de medidas investigativas que visam desmantelar completamente o grupo criminoso.
Atualização para correção de informação às 13h05 – No total 9 pessoas foram presas, entre eles um policial militar e um GCM. Nenhum policial civil foi preso.